sexta-feira, 3 de março de 2017

Superman: O Último Filho (DC Comics Coleção de Graphic Novels)


Lançado junto com Batman: Silêncio - parte 2 (em uma ótima sacada da Eaglemoss: compre dois pelo preço de um, R$34,99 na época), Superman: O Último Filho é basicamente meu primeiro contato com uma história solo do Superman - uma vez que as poucas vezes que tive contato com o Homem de Aço foi através dos filmes, da animação homônima e da LJA e da filhadaputagem com o qual a personagem foi retratada em Injustiça (fiquei raivinha do Super naquele quadrinho).


Não precisa ser bastante conhecedor do personagem (até porque ele já é bastante conhecido na cultura pop e tals, e eu não curti muito que tiraram a cueca dele por cima da roupa. Ele é alienígena, ele pode), até porque antes de você começar a ler a historia, a Eaglemoss prepara o terreno, trazendo um resumo do que aconteceu na conturbada cronologia dos super-heróis, situando assim o leitor a estar apto para ler - o que é bom pra todo mundo.

Na história, após uma nave cair em Metrópolis, Superman descobre que dentro dela há um garoto, kryptoniano (logo, graças ao nosso sol, com todas as habilidades do Superman). O Homem de Aço então fica determinado a proteger e cuidar do garoto como se fosse um filho, inclusive dando-lhe um nome: Christopher (adotado, já que biologicamente ele e Lois são incapazes de gerar uma vida), mas as autoridades estão preocupadas... Se o planeta Krypton explodiu e Clark (e Kara a Supergirl/Poderosa) são os únicos sobreviventes, de onde veio esse garoto?


É aí que o negócio do Superman ser o último cryptoniano entra em cheque, mas é explicado no resumo ("a história até aqui"), uma vez que existe a Zona Fantasma (pra onde o Superman-Christopher Reeve manda Zod em um dos filmes antigos do herói) com alguns kryptonianos sobreviventes, entre eles o General Zod..., que consegue voltar a Metrópolis para se vingar de Kal- El - o General Zod nunca compreendeu os motivos para que Clark Kent se degradasse vivendo aqui na Terra como um humano, sendo ele um ser superior -, e fazer o que Jor-El (pai do Superman) nunca conseguiu: salvar seu mundo. 

Em cinco revistas (Action Comics 844-846, 851 e Action Comics Annual 11) Geoff Johns e Richard Donner (este último que produziu o filme do Superman de 1978), com a arte de Adam Kubert conseguem criar uma boa história. Eu tenho medo de falar muito e acabar dando apoilers, mas posso afirmar (pelos meu pouco conhecimento em HQs) que O Último Filho é uma boa história, que traz inclusive uma aliança bastante inusitada entre o Superman e Lex Luthor, com seu Esquadrão Vingador, composto por Bizarro, Parasita e Metallo. Aliás, o quadrinho traz uma sequência bastante intrigante entre Lex e Superman, meio que provando que um precisa do outro para existir (tal qual acontece na relação Batman/Coringa) - na verdade, Lex se sente inferiorizado pelo fato do Superman existir e em determinada parte ele diz que se o Homem de Aço não ficasse em seu caminho, ele teria ajudado muito mais a humanidade, como se mostrando o ciúmes que sente pelo povo de Metrópolis amar e confiar em Superman (que é o cara legal é que traz inspiração à nós, meros seres humanos), enquanto o Superman rebate a respeito de Lex também.


Outra coisa que posso destacar do quadrinho em si aqui é a dinâmica que sua construção quadro a quadro traz (inclusive me deixando confusa sobre sua ordem de leitura em diversas vezes), com algo que só é possível graças ao seu formato. Sobre isso, ainda estou me acostumando, mas é bastante legal ver que os artistas tem certa liberdade para trabalhar a narrativa de suas histórias, deixando-as dinâmicas e dando um estilo estético próprio para a HQ.

Além da narrativa em si, os encadernados da DC Comics Coleção de Graphic Novels vêm com extras a cada volume

Em Último Filho, além da história principal, também temos uma história que se passa antes do fim do arco "Último Filho" (Superman Annual 13), trazendo uma historinha boba "O Melhor Dia" no que poderia ter sido a família Kent com Christopher em "Terabítia", uma terra sem nativos, com atmosfera segura para humanos e com pouca gravidade; além de seis páginas que foram impressas lá fora como bônus na revista Action Comics Annual 1, que traz informações sobre alguns personagens que aparecem na história principal deste encadernado; além da Superman 1, publicada originalmente em 1939, com uma versão expandida de sua origem, revelando como o Homem de Aço obteve seu primeiro emprego de jornalista, esta última sendo extremamente difícil de ler, por ser antiga e tals. 

Enfim, por algum motivo eu tenho/tinha certo preconceito para com alguns heróis de capa, que atualmente vem sendo desfeito a medida que tenho a chance de conhecer boas histórias dele. É nessas horas que uma boa recomendação faz a diferença.

De acordo com meus conhecimentos de leitora, acredito que a DC Comics Coleção de Graphic Novels está em sua edição 36.

DC Comics Coleção de Graphic Novels: Superman: O Último Filho - Volume 3 - Geoff Johns/Richard Donner (roteiro), Adam Kubert (desenhos) 2015 - 200 páginas - volume único - Eaglemoss - Capa dura - 34,99 (na época de publicação)

SUPERMAN: O ÚLTIMO FILHO. História originalmente publicada na revista Action Comics 844-846, 851, em páginas da Action Comics Annual 11 e Superman Annual 13, lançadas entre 2006 e 2008.
Superman fica maravilhado quando uma nave kryptoniana cai no meio de Metrópolis. Em seu interior, ela traz um garoto kryptoniano com todos os poderes do Supeman. O Homem de Aço está determinado a proteger a criança e criá-la como se fosse um filho, mas as autoridades estão preocupadas... pois ninguém tem certeza de onde veio esse ser incrivelmente poderoso.
Superman, originalmente publicada em julho de 1939. A primeira edição solo do Homem de Aço contém uma versão expandida de sua origem e revela como obteve seus primeiro emprego de jornalista.

Se quiserem saber mais sobre os quadrinhos que ando lendo curtam a página do Naty in Wonderland no Facebook (tem algumas coisas que ando postando lá e que não vem pra cá, tipo conteúdo exclusivo) 

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